segunda-feira, fevereiro 28, 2005

A visita da Carolina

Este domingo a Rute teve a visita de uma amiga da escolinha, chamada Carolina.

A Carolina é uma menina muito doce, muito calminha e gordinha.

Por vezes eu ouvia um dos meus a chorar. Quando me dirigia a ele/ela, estava sempre lá a Carolina, de mãozinha no ombro a perguntar "O que é que se passa?" duma forma tão carinhosa...
Quando ela não conseguia resolver o problema vinha pedir-me ajuda por forma a que eles estivessem todos contentes.

Ontem ela foi a minha assistente. Ou eu a dela. :-)~

Uma das vezes a Rute veio ter comigo muito aflita a dizer
- Ó mãe, o Lucas está a saltar em cima da Carolina!!!!
Quando cheguei ao quarto vi a Carolina deitada em cima da cama a fazer mil e uma caretas e o Lucas sentado em cima dela, como se ela fosse um touro mecânico, e a dar gargalhadas.
Eu ralhei com ele e disse a ela
- Carolina, quando te fizerem mal, defende-te. Não deixes que te magoem. Se o Lucas te magoar bate-lhe também!
- Está bem - disse ela entre dentes.
Bom, o Lucas foi de castigo para o sofá pensar durante 1 minuto no que tinha feito. E deve ter resultado porque não voltou a saltar em cima da menina.

Acho que pela quantidade de vezes que o meu filho fica de castigo, há-de chegar a altura em que ou ele próprio se auto-castiga; ou então o castigo deixa de fazer o efeito esperado.

Bem, eles divertiram-se imenso.
Ora havia um deles que punha a máscara do homem-aranha a fazer de bicho e os outros corriam à frente; ora brincavam às escondidas (da forma que eu descrevi noutro post); ora brincavam aos pais e às mães; ora brincavam aos condutores.
Esta última brincadeira foi a que teve maior sucesso, uma vez que andavam de forma ordenada de bicicleta/triciclo/carrinho uns atrás dos outros.
Engraçado que havia certas zonas onde imaginavam sinais de trânsito e quem ía à frente decidia se estava vermelho ou verde.

Claro que a palavra "ordenada" durou pouco para o Lucas. Às tantas dava um avanço às meninas e depois, se estivesse a andar no carrinho dava 2 ou 3 impulsos com os pés, punha as pernas para trás e deitava-se em cima do volante feito bala aero-dinâmica; se estivesse de triciclo pedalava com a maior velocidade que conseguisse; se estivesse de bicicleta punha-se a pedalar de pé. O objectivo, por mais que eu lhe chamasse a atenção, era sempre chocar com as meninas.

Uma das vezes a Carolina, muito cuidadosa para não cair, caiu. Os outros que estavam atrás ficaram a olhar para ela, que disse:
- Caí.
Foi então que o meu Lucas disse a frase do dia, da forma mais calma e serena, e colocando ligeiramente a cabeça para o lado:
- Pois... És pesada e gorda.
Bem, eu tive de me deitar no sofá para poder rir sem fazer barulho. Nunca o tinha ouvido dizer tal coisa, ainda para mais a uma menina, ainda para mais... sendo verdade. :-)
Ela levantou-se num ápice, muito séria e disse:
- Não sou nada...

Entretanto, a Vera corria atrás deles a rir e a aviar bilhetes a quem com ela se cruzasse.

0 Comentários:

Enviar um comentário

<< Home