quarta-feira, março 02, 2005

E não pára! E não pára!

E não pára simplesmente porque ontem aconteceram várias actividades, desta vez não em simultâneo mas sim em cadeia.

Ontem antes de os ir buscar ao infantário fui às compras. Não é por nada mas se os levo comigo é um Deus nos acuda, mexem em tudo, fogem para a rua. Ainda por cima agora deram os três para, quando têm ao pé uma pessoa que não conhecem de lado nenhum, começarem os três a gritar 'Olá! Olá! Olá!' feitos papagaios, acabando as pessoas também por fazerem de papagaios roucos. Chegam mesmo a porem-se em frente às pessoas, não as deixando passar com a história dos Olás. Por isso e muito mais, não foram.

Quando cheguei à escolinha, assim que entrei na sala do Lucas vi-o a correr atrás da Daniela com uma centopeia preta de 20 cm que ele tinha levado de casa. A menina tem pavor do bicharoco e ele aproveita-se disso para fazer mais uma malandrice.
Quando o vi disse-lhe:
- Lucas não faças isso à menina!
Ao que ele respondeu:
- Mas ela tem medo!!!!
Meu filho, se continuas assim, daqui a uns anos não te garanto sucesso entre as miudas!

Quando chegámos a casa eu comecei a arrumar as compras.
Digo comecei porque segundos depois ouço vidro a bater.
'OK. Começou o espectáculo!' - pensei eu.
Fui ver o que se passava e estava a Vera no meu quarto de frasco de perfume na mão, já sem tampa. Claro que... estava a beber o perfume.

Tirei-lho e quando estava a dizer-lhe aquelas coisa do 'Não faz isso',bla, bla, bla, 'é cáca', bla, bla, bla, ' a mãe dá tau-tau na mão', bla, bla, bla; ouvi uma voz de um homem.
Assustei-me!!!!
Eu estava sózinha em casa com eles e de repente estou a ouvir a voz de um homem que não me é familiar.
Fui logo a correr.
Conclusão, era o vizinho. Bateu à porta e a Rute abriu-lhe logo a porta sem mais nem menos. É um amigo do Paulo e tinha lá ido dar uns bocados de abóbora.
Depois de ter fechado a porta tive de chamar a Rute para a sala e ter uma conversa com ela.
Mãe - Filha, não abras a porta a ninguém!! Ninguém mesmo. Quando tocarem à porta chamas a mãe e a mãe é que abre, está bem?
Rute - Porquê?
Mãe - Porque há pessoas más que fazem mal aos meninos.
Rute - E às mães, não fazem?
Mãe - Não.
Rute - Mas tu disseste que não havia pessoas más!!
É verdade.
Mas isso já foi antes da Vera nascer. Como é que ela se lembra?
Ela nessa altura perguntou-me se havia pessoas más e eu disse-lhe que não porque:
1º ela tinha medo até da própria sombra
2º uma amiga minha tinha-me contado que quando falou das pessoas más ao filho de 5 anos ele passou a ter pavor de ir à rua

Estávamos nesta conversa de acertos quando ouço um barulhão vindo da cozinha.
Era o Lucas
Mãe - Lucas o que é que estás a fazer?
Lucas - Estou a ver.
Fui ver qual era a vista.
Uma vista linda..... bocados de abóbora espalhados pelo chão, laranjas, limões, bifes, etc.
O rufia tinha espalhado as compras no chão!!

2 Comentários:

Anonymous Anónimo said...

Olá, outra vez.

Esta questão de pintar o mundo muito colorido é complicada. Nós não fazemos por mal, mas por vezes temos uma tendência a esconder a realidade. Nós podemos dizer-lhes coisas sérias de uma forma ligeira. O exemplo das pessoas más é bom; o que eu disse ao Tomás, por ocasião das idas à praia com a turma da escola é que existem pessoas que nós não conhecemos, estranhos e que, como não sabemos se eles gostam ou não de meminos, não falamos com eles, não aceitamos coisas deles nem vamos com eles para lado nenhum, porque quando a mamã ou o papá não estão quem toma conta dos meninos são as pessoas da escola.
Outro assunto complicado é o da morte. Até falei com o pediatra por causa disso, se lhes havia de dizer que a priminha deles falaceu e a resposta foi sim, devo dizer. Agora a forma deve ser tão mais suave quanto a sensibilidade da criança. O Tomás, como sabes, é um menino muito sensível que ficou muito abalado quando tomou consciência de que a mão não é imortal (este um dia todo a chorar por causa desta conversa " Tomás: deita-te aqui no meu colo que vou tomar conta de ti. Eu(inchadíssima): vais tomar sempre conta de mim? Tomás: sim! Tu vais ficar velhinha? Eu: Vou. Tomás: e depois morres? Eu(que achei que se respondesse com naturalidade, dava um ar mais leve ao assunto): vou. toda a gente fica velhinha e depois morre e vai para o céu, onde estão todos os anjos." Resultado - tive o Tomás a choramingar durante 2 ou 3 dias a dizer que não quer que eu morra. E agora vou ter de ir muito devagarinha para lhe explicar o que sucedeu à Inês...

bjs,

Mª João C.

4:46 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

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